Uma madrugada

  Depois de arrumar tudo, descemos para a sala de jantar para fazer a ultima refeição do dia, minha avó era uma verdadeira artista na cozinha quando eu era mais nova ela ia nos visitar e era impossível não ganhar uns quilinhos com a minha avó. Depois da refeição subi para o meu quarto o cômodo da casa ainda era estranho ao meus olhos, decidi olhar as minhas ultimas anotações no livro secreto,era tudo tão pessoal, fiquei pensando em escrever alguma coisa mas mamãe me mandou dormi levei o livro para cama mas acabei adormecendo, acordei de madrugada pensando na vida e acabei ouvindo umas vozes vindo da rua
  - O que uma pessoa faz na rua a essa hora da madrugada?! - Fiquei curiosa me levantei e fui olhar pela janela, eram apenas garotos conversando provavelmente estavam curtindo as férias, voltando de alguma festa ou coisa do tipo
  Um deles chamou minha atenção, ele era bonito.. tinha cabelos castanhos,lisos, uma pele clara e era fortinho pelo menos foi o que deu para observar da minha janela, decidi voltar para cama e acabei escrevendo
     ''A vida é assim cheia de mudanças, magoas, conflitos que temos que conviver todos os dias; talvez viver seja isso sofrer e superar, errar e aprender, chegar e ter que parti, é.. ninguém disse que ia ser fácil mas também não disseram que ia ser um filme de terror, afinal na vida nos aprendemos amar, enfrentar os medos, aprendemos ser feliz e curti o lado bom da vida com quem a gente ama..''

 Olhei no relógio eram duas da manhã, decidi dormi para não está com sono quando o sol iluminasse o dia

-Lucy acorda, Lucy.. LUCY!!!
-Ãnh!? - levantei num pulo - oque?
-são 8 da manhã, é melhor ir se arrumar a gente vai sair - minha mãe saiu do quarto e eu fiquei ali sentada procurando forças, para trocar de roupa
 [...]
- Bom dia lucy - era a minha avó - não dessa as escadas correndo
-Cadê a mãe? - perguntei com presa
-Está se trocando, ela vai levar você para conhecer a cidade - Fiquei surpresa, isso é uma coisa atípica vindo da minha mãe
- Você esta linda
- Obrigada, vovó - caminhei em direção a porta - vou esperar ela no carro
 
  Não demorou muito e mamãe apareceu
-Vamos fazer sua matricula - agora faz sentido
-ah - respondi como quem reconheci algo
-O colégio é aqui perto, você vai ter que ir a pé quando as aulas começarem, são uns dois ou três quarteirões - depois dessa frase o silêncio predomino e os dois quarteirões de carro pareceram uma eternidade
 Eu odiava tudo isso, odiava ter perdido meu pai, odiava ter minha mãe transformada em um poço de frieza, odiava ter que encarar uma mudança vida, ter que começar do zero